quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ATA DE POSSE DA CAC - 09/10/2010


ATA DA SESSÃO DE POSSE DA COMISSÃO DE AÇÃO CULTURAL DA COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.



Às dezessete horas do dia nove de dezembro de dois mil e dez, na sala da Coordenadoria de Assistência Social - COSEAS - da Universidade de São Paulo, localizada na Rua do Anfiteatro, nº 295, Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira, São Paulo, o Coordenador da COSEAS, Prof. Dr. Waldyr Antonio Jorge, presidiu a sessão de posse da Comissão de Ação Cultural, da qual participaram os senhores diretores de divisão, a vice-presidente da Comissão de Trabalhadores da COSEAS e os representantes designados para integrar a comissão, cujas assinaturas foram registradas na correspondente lista de presença. Inicialmente, o Coordenador verificou nominalmente quem estava presente, agradecendo a presença de todos. Em seguida, perguntou o que vem a ser cultura. Disse que tem gente que pensa que é algo irrelevante, mas, ao contrário, é um assunto muito abrangente. Pode-se gostar de música, de cinema, de literatura, de comemorações de dias especiais, tais como Natal, Ano Novo, dia dos pais, das mães, aniversários, apresentações teatrais, organização de cultos ecumênicos e outras manifestações feitas pelas pessoas. Acrescentou que cultura é a identidade de um povo, de uma comunidade específica, independentemente de as pessoas serem pobres ou ricas, bonitas ou feias. É algo muito mais amplo do que pensamos. Comentou que é preciso criar na COSEAS a cultura de expor e compartilhar sentimentos, conhecimento e pontos de vista de forma aberta, sem covardia. É preciso entender que se uma coisa atinge alguém também atinge o outro. Por isso, devemos ter muita responsabilidade pela preservação das relações no ambiente de trabalho. Se alguém pensa que é só vir trabalhar e terminou por aí, não é bem assim. É necessário cultivar a tradição de responsabilidade compartilhada, do respeito à individualidade de gostos e opiniões, sem se importar com diferenças religiosas ou de condições sociais Acrescentou que algumas pessoas não se importam com as manifestações culturais dos outros porque pensam que nada têm a ver com suas crenças pessoais. Mas, é preciso ter memória das pessoas, das coisas, da história. Disse que a COSEAS descuidou por um bom tempo de guardar registros importantes da memória institucional. Concluindo, disse o Coordenador que a criação da Comissão Cultural tem a finalidade de resgatar a identidade da COSEAS, explicando que daqui a alguns anos ele não estará mais aqui, pois ocupa um cargo de transição, e é preciso mostrar o que é a COSEAS, o quanto ela é importante, o que faz. É preciso perder o medo de dizer que trabalhamos na COSEAS; ao contrário, é necessário dizer o quanto ela é necessária para a Universidade e para as pessoas. É importante se valorizar. Comentou que existem algumas distorções, sim, que alguns acham que são o centro do mundo, que tudo gira em torno do próprio umbigo, que são os tais pelo físico, pelo intelecto e acabam fazendo juízo de direito das pessoas, o que é uma distorção de entendimento.  O que é justo é o certo. Mencionou que o Brasil, por aproximadamente 30 anos, descuidou de sua produção cultural, da preservação de sua identidade. Hoje, precisa de mais humanidade. Não é só batuque nem cinema, nem TV, mas é tudo, exclusivamente e inclusive tudo. Propôs ainda a reflexão sobre o porquê de estarmos reunidos aqui hoje, qual é o papel de cada um na comissão. O que é essa ação cultural? Se eu não danço, nem canto, o que posso fazer então? É preciso entender o seu papel. Explicou o coordenador que ele prima em explicar bem o que pensa, que não gosta de fazer juízo das pessoas e que por isso gosta de dizer bem claro qual é o papel dos agentes da comissão cultural, de modo que possam exercer o trabalho com plenitude. Alertou que algo aparentemente insignificante pode ser importante; tudo é importante na sua medida. Elucidou isso explicando o sentido da palavra saudade, algo como “Esteja na importância da sua importância”. Ou seja, vocês têm um papel importante como membros da comissão de ação cultural. Disse ainda que irá  delegar atividades, mas é preciso que os membros promovam ações para integração das pessoas dentro da COSEAS, por exemplo, identificar quem pratica esporte, quem joga futebol, peteca, bola de gude, brincadeiras, quem canta, toca algum instrumento, declama, faz teatro. Está na hora de enxergar as pessoas, aliviar suas tensões e insatisfações. Acrescentou que ninguém gosta de trabalhar, mas sim que preferiria estar em casa, viajando ou fazendo pic nic, mas isso não existe, é preciso trabalhar. Há ilusão das pessoas que acham que a esperteza da TV é a esperteza da vida. Para desenvolver seus predicativos, é preciso reverter isso, mas não sabe se vamos conseguir. A chance foi dada e a partir de agora todos têm de visitar os locais de trabalho, conversar com as pessoas dos restaurantes, os motoristas, os administrativos, os vigilantes, os alunos. Deu o exemplo do Miguel, motorista. Por que ele não pode tocar na hora do almoço nos restaurantes ou no clube dos professores na hora do almoço? Pode ser que as pessoas não gostem, mas a intenção já valeu a pena para ele alegrar a si próprio, pois quem canta seus males espanta; quem faz o bem faz para si mesmo. Frisou que é preciso dar nova cara cultural para a COSEAS, incentivando os presentes a procurar pessoas, criar grupos de saraus, coral. Os eventos também podem ser na Ágora, ao ar livre. Ninguém é bicho, é preciso envolver as pessoas, congregar, sair do universo escondido do cotidiano, do buraco onde nos escondemos, onde estamos.  No começo, pode incomodar porque uma golfada de oxigênio às vezes sufoca e também é mais fácil criticar. Vamos ser vidraça algumas vezes, pois vamos estar mais expostos. Quem criticar que faça melhor, pare de apedrejar e saia por aí para envolver as pessoas, reunindo grupos de teatro ou reuniões. A COSEAS tem aproximadamente 700 pessoas. Será que não podemos estimulá-las a enxergar o mundo de uma forma mais branda? Afinal, a vida não é só desgosto. Em seguida, o Coordenador apresentou individualmente os membros da Comissão de Ação Cultural, constando que nem todos se conheciam e aproveitou para novamente enfatizar que está mais do que na hora de democratizar as diferenças culturais existentes nas áreas, criadas por nós mesmos. É preciso parar com os reclamos, avançar, criar, diminuir as brigas e picuinhas. Enfatizou a importância de designar um presidente para a Comissão, não com o intuito de destacá-lo perante os demais membros, mas para que ela faça as coisas andar, congregando idéias e promovendo a participação de todos. É uma tradição no Brasil ter um presidente nos grupos de trabalho constituídos, senão as coisas não andam direito. O presidente tem um papel diferente, o de buzinar na orelha de vocês. Presidente não é aquele que as pessoas pensam que pode se virar sozinho. Pelo contrário, é o que vai cobrar a atuação daqueles que podem estar se escondendo atrás do outro, sem participar efetivamente. É o que vai cobrar a lição de casa de cada um. Presidente não trabalha sozinho. Portanto, todos devem trabalhar com ele. O presidente identifica as potencialidades, habilidades e disponibilidades de cada um, articulando e coordenando as vocações. O Coordenador enfatizou que a partir da presente reunião não irá mais se reunir com os membros da comissão; agora, eles têm autorização para propor e fazer as coisas e, se for necessário, é possível ampliar o grupo com subcomissões para assuntos específicos, por exemplo, grupo do crochê, da costura, da música, do artesanato, do teatro. Deu o exemplo do pessoal que trabalha nas cozinhas, que pode dar cursos de culinária para interessados, do pedreiro que pode dar curso de noções básicas de alvenaria para que as pessoas adquiram uma noção mínima e não sejam enganadas por profissionais desleais que prestam serviços por aí. Acrescentou que, se for necessário ou tiver mais gente interessada em participar da comissão, é só trazer os nomes, dizendo que todos os 600-700 funcionários da COSEAS podem mudar a cara do lugar onde estamos trabalhando. O rumo foi dado, em nova água, em novo barco, com nova tripulação, forte e segura. Lembrou que o trabalho é meio de vida e não de morte e que aproveitando tudo o que temos é possível fazer uma porção e de coisas boas. Comunicou o Coordenador que, após obter algumas referências em conversa com a secretária do Gabinete, tomou a liberdade de indicar como presidente para a Comissão a Srª Roseane Pagliaro Avegliano, da Divisão de alimentação, mas, se quiserem, podem fazer uma eleição. Como não houve objeção, ficou designada como presidente da comissão a Srª Roseane. Sugeriu ainda que também fosse escolhido por eles um secretário, a exemplo do que acontece em outras comissões. Dirigindo-se à presidente indicada, sugeriu o Coordenador que a partir de agora sejam multiplicadas as ações de melhoria, pois tem muita gente precisando de afago e que a partir de hoje devem se reunir, com a sua liberação, pois tem plena convicção do compromisso moral ora assumido pelos presentes. Explicou que a idéia não é avocar as coisas para a comissão, mas sim se enfronhar nas manifestações e eventos que estão acontecendo por aí, por exemplo, a Festa de Confraternização dos Funcionários da COSEAS, promovida pela ASEC, no próximo dia 20 de dezembro, sugerindo falar com o presidente da associação, Sr. Cláudio. Ressaltou que é preciso ter um comando e que esse  está a cargo da nova comissão de ação cultural, que precisa integrar as ações para evitar coincidência de eventos, como aconteceu com as festas de confraternização de final de ano das creches Oeste e Central com a festa promovida pela ASEC. É preciso falar a mesma língua. Lembrou também que é preciso se articular com a Comissão de Trabalhadores. Comentou ainda sobre o culto ecumênico que haverá no próximo dia 14 de dezembro, em frente ao Restaurante Central, sugerindo que a comissão tome para si desde já a condução dos trabalhos. Novamente, enfatizou o Coordenador que é preciso fazer uma enquete, conversar com as pessoas para perguntar o que gostariam de ter na COSEAS em termos de ações culturais. Pode ser que haja coisas comuns e assim é possível estabelecer prioridades de ações. Por exemplo, se jogar bocha não tiver muito interesse, mas jogo de xadrez sim, aí pode ser promovido um curso para ampliar o conhecimento, de forma que quem aprender a jogar pode levar esse conhecimento para casa para jogar com o filho e amigos. Destacou que espera criatividade, boa vontade e contar com a participação efetiva de todos e que deseja o sucesso dos membros da comissão. Manifestou-se em seguida a Srª Gina, assistente social, observando que seria interessante fazer uma reunião dos membros da comissão antes que acabe o ano. Por sua vez, comentou a Srª Deise, auxiliar de cozinha da Divisão de Alimentação, sobre a mesa montada no Restaurante Central com itens natalinos artesanais feitos pelo pessoal do próprio restaurante e que o mesmo poderia ser feito em outros lugares, mas para isso é preciso saber se a COSEAS pode liberar dinheiro para o material. O Coordenador explicou que, em princípio, não via objeção ou impedimento, acrescentando que seria um dinheiro bem utilizado, com um fim bom.  Ainda, lembrou de outras iniciativas que podem ser promovidas pela comissão de ação cultural, por exemplo, ensinar as pessoas a digitar e a mexer com o computador, frisando que é preciso abrir espaços, criar situações. Finalizando a sessão, o Coordenador agradeceu a presença de todos, convidando os presentes para um lanche da tarde. Nada mais foi dito e o Coordenador deu a reunião por encerrada e empossados os integrantes da nova Comissão de Ação Cultural. Eu, Mônica Zinneck, ________________________________ redigi e digitei a presente ata, lida e aprovada pelo Coordenador da COSEAS, Prof. Dr. Waldyr Antonio Jorge, que assina a seguir _______________________________

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