ATA DA SESSÃO DE POSSE DA COMISSÃO DE AÇÃO CULTURAL
DA COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Às dezessete
horas do dia nove de dezembro de dois mil e dez, na sala da Coordenadoria de Assistência Social - COSEAS - da Universidade
de São Paulo, localizada na Rua do Anfiteatro, nº 295, Cidade
Universitária “Armando Salles de Oliveira, São Paulo, o Coordenador da COSEAS, Prof. Dr. Waldyr Antonio Jorge, presidiu a sessão
de posse da Comissão de Ação Cultural, da qual participaram os senhores diretores
de divisão, a vice-presidente da Comissão de Trabalhadores da COSEAS e os
representantes designados para integrar a comissão, cujas assinaturas foram registradas
na correspondente lista de presença. Inicialmente, o Coordenador verificou
nominalmente quem estava presente, agradecendo a presença de todos. Em seguida,
perguntou o que vem a ser cultura. Disse que tem gente que pensa que é algo
irrelevante, mas, ao contrário, é um assunto muito abrangente. Pode-se gostar
de música, de cinema, de literatura, de comemorações de dias especiais, tais
como Natal, Ano Novo, dia dos pais, das mães, aniversários, apresentações
teatrais, organização de cultos ecumênicos e outras manifestações feitas pelas
pessoas. Acrescentou que cultura é a identidade de um povo, de uma comunidade
específica, independentemente de as pessoas serem pobres ou ricas, bonitas ou
feias. É algo muito mais amplo do que pensamos. Comentou que é preciso criar na
COSEAS a cultura de expor e compartilhar sentimentos, conhecimento e pontos de
vista de forma aberta, sem covardia. É preciso entender que se uma coisa atinge
alguém também atinge o outro. Por isso, devemos ter muita responsabilidade pela
preservação das relações no ambiente de trabalho. Se alguém pensa que é só vir
trabalhar e terminou por aí, não é bem assim. É necessário cultivar a tradição
de responsabilidade compartilhada, do respeito à individualidade de gostos e
opiniões, sem se importar com diferenças religiosas ou de condições sociais Acrescentou
que algumas pessoas não se importam com as manifestações culturais dos outros porque
pensam que nada têm a ver com suas crenças pessoais. Mas, é preciso ter memória
das pessoas, das coisas, da história. Disse que a COSEAS descuidou por um bom
tempo de guardar registros importantes da memória institucional. Concluindo,
disse o Coordenador que a criação da Comissão Cultural tem a finalidade de
resgatar a identidade da COSEAS, explicando que daqui a alguns anos ele não
estará mais aqui, pois ocupa um cargo de transição, e é preciso mostrar o que é
a COSEAS, o quanto ela é importante, o que faz. É preciso perder o medo de
dizer que trabalhamos na COSEAS; ao contrário, é necessário dizer o quanto ela
é necessária para a Universidade e para as pessoas. É importante se valorizar.
Comentou que existem algumas distorções, sim, que alguns acham que são o centro
do mundo, que tudo gira em torno do próprio umbigo, que são os tais pelo
físico, pelo intelecto e acabam fazendo juízo de direito das pessoas, o que é
uma distorção de entendimento. O que é
justo é o certo. Mencionou que o Brasil, por aproximadamente 30 anos, descuidou
de sua produção cultural, da preservação de sua identidade. Hoje, precisa de
mais humanidade. Não é só batuque nem cinema, nem TV, mas é tudo,
exclusivamente e inclusive tudo. Propôs ainda a reflexão sobre o porquê de
estarmos reunidos aqui hoje, qual é o papel de cada um na comissão. O que é
essa ação cultural? Se eu não danço, nem canto, o que posso fazer então? É
preciso entender o seu papel. Explicou o coordenador que ele prima em explicar
bem o que pensa, que não gosta de fazer juízo das pessoas e que por isso gosta
de dizer bem claro qual é o papel dos agentes da comissão cultural, de modo que
possam exercer o trabalho com plenitude. Alertou que algo aparentemente insignificante
pode ser importante; tudo é importante na sua medida. Elucidou isso explicando
o sentido da palavra saudade, algo como “Esteja na importância da sua
importância”. Ou seja, vocês têm um papel importante como membros da comissão
de ação cultural. Disse ainda que irá delegar atividades, mas é preciso que os
membros promovam ações para integração das pessoas dentro da COSEAS, por
exemplo, identificar quem pratica esporte, quem joga futebol, peteca, bola de
gude, brincadeiras, quem canta, toca algum instrumento, declama, faz teatro.
Está na hora de enxergar as pessoas, aliviar suas tensões e insatisfações.
Acrescentou que ninguém gosta de trabalhar, mas sim que preferiria estar em
casa, viajando ou fazendo pic nic,
mas isso não existe, é preciso trabalhar. Há ilusão das pessoas que acham que a
esperteza da TV é a esperteza da vida. Para desenvolver seus predicativos, é
preciso reverter isso, mas não sabe se vamos conseguir. A chance foi dada e a
partir de agora todos têm de visitar os locais de trabalho, conversar com as
pessoas dos restaurantes, os motoristas, os administrativos, os vigilantes, os
alunos. Deu o exemplo do Miguel, motorista. Por que ele não pode tocar na hora
do almoço nos restaurantes ou no clube dos professores na hora do almoço? Pode
ser que as pessoas não gostem, mas a intenção já valeu a pena para ele alegrar
a si próprio, pois quem canta seus males espanta; quem faz o bem faz para si
mesmo. Frisou que é preciso dar nova cara cultural para a COSEAS, incentivando os
presentes a procurar pessoas, criar grupos de saraus, coral. Os eventos também
podem ser na Ágora, ao ar livre. Ninguém é bicho, é preciso envolver as
pessoas, congregar, sair do universo escondido do cotidiano, do buraco onde nos
escondemos, onde estamos. No começo,
pode incomodar porque uma golfada de oxigênio às vezes sufoca e também é mais
fácil criticar. Vamos ser vidraça algumas vezes, pois vamos estar mais
expostos. Quem criticar que faça melhor, pare de apedrejar e saia por aí para
envolver as pessoas, reunindo grupos de teatro ou reuniões. A COSEAS tem
aproximadamente 700 pessoas. Será que não podemos estimulá-las a enxergar o
mundo de uma forma mais branda? Afinal, a vida não é só desgosto. Em seguida, o
Coordenador apresentou individualmente os membros da Comissão de Ação Cultural,
constando que nem todos se conheciam e aproveitou para novamente enfatizar que
está mais do que na hora de democratizar as diferenças culturais existentes nas
áreas, criadas por nós mesmos. É preciso parar com os reclamos, avançar, criar,
diminuir as brigas e picuinhas. Enfatizou a importância de designar um
presidente para a Comissão, não com o intuito de destacá-lo perante os demais
membros, mas para que ela faça as coisas andar, congregando idéias e promovendo
a participação de todos. É uma tradição no Brasil ter um presidente nos grupos
de trabalho constituídos, senão as coisas não andam direito. O presidente tem
um papel diferente, o de buzinar na orelha de vocês. Presidente não é aquele
que as pessoas pensam que pode se virar sozinho. Pelo contrário, é o que vai
cobrar a atuação daqueles que podem estar se escondendo atrás do outro, sem
participar efetivamente. É o que vai cobrar a lição de casa de cada um. Presidente
não trabalha sozinho. Portanto, todos devem trabalhar com ele. O presidente
identifica as potencialidades, habilidades e disponibilidades de cada um,
articulando e coordenando as vocações. O Coordenador enfatizou que a partir da
presente reunião não irá mais se reunir com os membros da comissão; agora, eles
têm autorização para propor e fazer as coisas e, se for necessário, é possível
ampliar o grupo com subcomissões para assuntos específicos, por exemplo, grupo
do crochê, da costura, da música, do artesanato, do teatro. Deu o exemplo do
pessoal que trabalha nas cozinhas, que pode dar cursos de culinária para
interessados, do pedreiro que pode dar curso de noções básicas de alvenaria
para que as pessoas adquiram uma noção mínima e não sejam enganadas por
profissionais desleais que prestam serviços por aí. Acrescentou que, se for
necessário ou tiver mais gente interessada em participar da comissão, é só
trazer os nomes, dizendo que todos os 600-700 funcionários da COSEAS podem
mudar a cara do lugar onde estamos trabalhando. O rumo foi dado, em nova água,
em novo barco, com nova tripulação, forte e segura. Lembrou que o trabalho é
meio de vida e não de morte e que aproveitando tudo o que temos é possível
fazer uma porção e de coisas boas. Comunicou o Coordenador que, após obter
algumas referências em conversa com a secretária do Gabinete, tomou a liberdade
de indicar como presidente para a Comissão a Srª Roseane Pagliaro Avegliano, da
Divisão de alimentação, mas, se quiserem, podem fazer uma eleição. Como não
houve objeção, ficou designada como presidente da comissão a Srª Roseane.
Sugeriu ainda que também fosse escolhido por eles um secretário, a exemplo do
que acontece em outras comissões. Dirigindo-se à presidente indicada, sugeriu o
Coordenador que a partir de agora sejam multiplicadas as ações de melhoria,
pois tem muita gente precisando de afago e que a partir de hoje devem se
reunir, com a sua liberação, pois tem plena convicção do compromisso moral ora
assumido pelos presentes. Explicou que a idéia não é avocar as coisas para a
comissão, mas sim se enfronhar nas manifestações e eventos que estão
acontecendo por aí, por exemplo, a Festa de Confraternização dos Funcionários
da COSEAS, promovida pela ASEC, no próximo dia 20 de dezembro, sugerindo falar
com o presidente da associação, Sr. Cláudio. Ressaltou que é preciso ter um
comando e que esse está a cargo da nova
comissão de ação cultural, que precisa integrar as ações para evitar
coincidência de eventos, como aconteceu com as festas de confraternização de
final de ano das creches Oeste e Central com a festa promovida pela ASEC. É
preciso falar a mesma língua. Lembrou também que é preciso se articular com a
Comissão de Trabalhadores. Comentou ainda sobre o culto ecumênico que haverá no
próximo dia 14 de dezembro, em frente ao Restaurante Central, sugerindo que a comissão
tome para si desde já a condução dos trabalhos. Novamente, enfatizou o
Coordenador que é preciso fazer uma enquete, conversar com as pessoas para
perguntar o que gostariam de ter na COSEAS em termos de ações culturais. Pode
ser que haja coisas comuns e assim é possível estabelecer prioridades de ações.
Por exemplo, se jogar bocha não tiver muito interesse, mas jogo de xadrez sim,
aí pode ser promovido um curso para ampliar o conhecimento, de forma que quem
aprender a jogar pode levar esse conhecimento para casa para jogar com o filho
e amigos. Destacou que espera criatividade, boa vontade e contar com a
participação efetiva de todos e que deseja o sucesso dos membros da comissão.
Manifestou-se em seguida a Srª Gina, assistente social, observando que seria
interessante fazer uma reunião dos membros da comissão antes que acabe o ano.
Por sua vez, comentou a Srª Deise, auxiliar de cozinha da Divisão de
Alimentação, sobre a mesa montada no Restaurante Central com itens natalinos
artesanais feitos pelo pessoal do próprio restaurante e que o mesmo poderia ser
feito em outros lugares, mas para isso é preciso saber se a COSEAS pode liberar
dinheiro para o material. O Coordenador explicou que, em princípio, não via
objeção ou impedimento, acrescentando que seria um dinheiro bem utilizado, com
um fim bom. Ainda, lembrou de outras
iniciativas que podem ser promovidas pela comissão de ação cultural, por
exemplo, ensinar as pessoas a digitar e a mexer com o computador, frisando que
é preciso abrir espaços, criar situações. Finalizando a sessão, o Coordenador
agradeceu a presença de todos, convidando os presentes para um lanche da tarde.
Nada mais foi dito e o Coordenador deu a reunião por encerrada e empossados os
integrantes da nova Comissão de Ação Cultural. Eu, Mônica Zinneck, ________________________________
redigi e digitei a presente ata, lida e aprovada pelo Coordenador da COSEAS,
Prof. Dr. Waldyr Antonio Jorge, que assina a seguir
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